domingo, 17 de outubro de 2010

PARCERIA ESAE & ESPM

Oficinas de Ilustração e Produção Textual
"Reflexões sobre a Violência"
A Equipe de Saúde Escolar Baltazar de Oliveira Garcia (ESAE-BOG), em parceria com a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), realizou as Oficinas de Ilustração, ministrada pela professora Cláudia Barbisam, da ESPM e Produção Textual, pela professora Evely Seganfredo, da ESPM. As oficinas foram realizadas na Escola-Polo Baltazar de Oliveira Garcia, em junho, e contemplaram alunos das 28 escolas da ESAE-BOG.
"Reflexões sobre a Violência", foi o tema abordado pelos alunos em seus trabalhos, nas oficinas, tanto de ilustração como de produção textual. O tema já havia sido trabalhado nas escolas, pelas professoras de Lingua Portuguesa e artes, que enviaram, para as oficinas, os alunos, que se destacaram em suas escolas.
O resultado deste trabalho mostrou-se revelador, de como nossos jovens possuem uma consciência crítica a respeito do contexto no qual estão inseridos, bem como nos sugere, a necessidade de implementarmos, cada vez mais, ações que possibilitem um aumento deste nível de consciência e que apontem, para o reforço de sua autoestima, tornando-os mais fortes no enfrentamento desta realidade tão contundente.
Parabéns a todos, que participaram deste trabalho.
Maria Luiza Pradella Ramos
Psicóloga
Coordenadora da ESAE-BOG

"Trabalhos elaborados pelos alunos na Oficina de Ilustração"

Trabalhos Realizados na Oficina de Ilustração ESAE & ESPM


sábado, 16 de outubro de 2010

Ana Paula Teixeira Cieslik

EEEF Bento Gonçalves
Violência

Violência! Hoje em dia, essa palavra é muito comum em jornais, TV, rádios e etc. Ela tomou conta do mundo. Existe uma frase que todos costumam dizer: “Para mudar o mundo, devemos mudar nós mesmos”, muito fácil, simplesmente, escrever isso e dizer palavras bonitinhas. O difícil mesmo é agir. Eu posso escrever um texto bonito, com uma porção de frases, mas quem liga para isso? Pelo menos, não parecem ligar, porque só o que o ser humano sabe fazer é brigar, discutir, ofender e respeito, que é bom, está em falta.
Até quando isso vai continuar? Não se pode mais nem sair na rua que corremos o risco de voltarmos, sem alguma coisa para casa, ou, simplesmente, não voltarmos mais. E as crianças, podemos ver o medo estampado em seus rostos tão inocentes, pois os pais as agridem, ou até mesmo pai, que bebe e bate na mãe. Por que essas pessoas têm filhos? São tão irracionais quanto um animal, até um animal é mais racional. As pessoas se irritam por qualquer coisa, querem defender a honra, querem ser orgulhosos, mas acabam se tornando inúteis para o mundo.
Se eu ficar, aqui, descrevendo tantos tipos de violência, eu não vou terminar nunca. Estou cansada disso. Eu não suporto ligar a TV, porque chega a me dar nojo das coisas absurdas, que, ultimamente vêm acontecendo.
É irritante ver o quanto as pessoas são idiotas. São poucos os que se importam ou, pelo menos, que, ainda, têm um pouco de vergonha na cara. Vamos nos avaliar, estamos agindo certo? Eu estou cansada da violência! Eu quero paz, e você?

Leonardo Henrique de Henrique

EEEF Bento Gonçalves
A Violência

Existe violência no mundo todo. Brasil, Estados Unidos, Espanha, Alemanha, etc. Mas, um dos países mais violentos do mundo é Israel, onde morrem, (ou morriam, não estou muito atualizado sobre isto) muitas pessoas por terrorismo.
O Brasil é um país, onde existe muita violência, e isso acontece em todos os Estados. O Estado mais violento do Brasil (no meu ponto de vista) é o Rio de Janeiro, pois há várias favelas e quase todas com “traficantes armados até os dentes”.
Também não tenho esperanças de que um dia vá acabar a violência, pois, agora, pode estar morrendo um traficante e nascendo outro, um garoto, sem a mínima chance de se dar bem na vida, sem estudos e saem uma família decente para apoiá-lo.
Eu me acho sortudo, por um lado, mas azarado por outro. Sortudo, porque tive chance de estudar e receber educação, mas azarado, por viver em um mundo com muita violência, estupro, morte, roubo...
Mas ninguém é sortudo por completo. A violência persegue a todos, do mais rico (claro que eles têm mais condições de contratar u segurança!) ao mais pobre.
Hoje, quando sair da escola, posso ser assaltado e até pior, mas, em um mundo violento é assim.

Matheus Israel Santos

EEEF Décio Martins Costa
A Violência no Mundo

Hoje em dia, muitas pessoas são alvo da violência.
Existem vários tipos de violência, entre as quais se destacam a agressão sexual, a pedofilia, brigas, agressão contra o ser humano e várias outras.
Para muitos, a violência é muito ruim. Geralmente as mulheres e as crianças são as mais atingidas. Muitas vezes, as mulheres são atingidas por seus maridos e até por seus filhos, que se entregam ao mundo das drogas.
Todo dia, milhões de pessoas são agredidas no mundo inteiro. É claro que isso não é nada bom, ainda mais para quem sofre com isso tudo.
A agressão contra a criança, também, é muito grave. Muitas crianças são alvo de pedofilia e até seus pais as agridem fisicamente. Nem os bebês escapam disso tudo. Muitos são abandonados em lixeiras e parques públicos e as que ficam com sua família são agredidas, geralmente, por seus pais.
Não podemos esquecer-nos dos idosos, que são agredidos nos próprios asilos.
A violência é muito constante em qualquer lugar em que formos. Nem dentro de casa estamos seguros da violência.
A violência contra a natureza deve ser impedida também. Todos os dias vemos pessoas, poluindo os rios e desmatando muitas florestas. E não é só isso. Muitos animais são espancados, alguns até a morte.
No mundo inteiro, temos vários tipos de violência que vai de socos e pode chegar à morte.
Por isso, a violência tem que acabar, e não é só no Brasil não, tem que ser no mundo inteiro. Infelizmente, a polícia não é mais capaz de acabar com isso.
Muitos jovens, hoje em dia, estão dominados pela maldita droga. A droga vicia quem a usa e faz com que a pessoa sempre queira mais e mais.
A violência é como uma pandemia, já infectou o mundo inteiro.
Portanto, a violência tem que acabar, não só no Brasil, mas no mundo inteiro.
A violência tem que acabar, agora, antes que seja tarde demais.

Natália Vanessa Santos Oliveira

EEEF Décio Martins Costa
Violência

Você ama o bastante?
Tudo o que não queremos
é ser dependente do crack,
uma droga, que toma o rumo
e muda a direção...
Se você não for morto,
você vai cair na prisão
e isso não tem saída...
Vamos prestar mais atenção,
Não vamos deixar o crack
Mudar a nossa direção...
O crack não dá para explicar,
Na primeira fumada,
você vicia, se não tem dinheiro,
você vai querer roubar
e seu vício alimentar...
O crack vai acabar,
Se nós continuarmos a batalhar...
Que absurdo o crack,
na minha direção,
nem passa perto...
Vamos seguir em frente.

Luis Eduardo Casanova

EEEF Helena Schneider
Violência: um ato, sem sentido

O que é Violência? É um comportamento, que causa dano a outra pessoa ou ser vivo. É o uso excessivo da força além do necessário ou esperado. Com certeza, é um sentimento, que nos apavora de um jeito, que, em alguns momentos, vivemos o estresse dessa Palavra.
Existem muitos tipos de Violência: Violência Física, Violência Sexual, Violência Doméstica, Violência Verbal, entre outras, mas, com certeza, as que mais nos apavora, nos dias de hoje, são: a Violência Física, a Sexual e a Doméstica.
A Violência Doméstica é o ato de agressão física ou psicológica contra o companheiro ou companheira. Está atingindo milhares de crianças, adolescentes, mulheres, homens e idosos e, na grande maioria das vezes, não denunciadas.
Como podemos viver num mundo desses, onde pai violenta filha, sexualmente, irmão mata irmã a socos. E esses “bondes”, que marcam hora e local, para se enfrentarem e acabam se matando.
Percebe-se que, nos dias de hoje, a Violência só tende a aumentar. Temos que dar fim, de uma vez por todas, na Violência. O mundo estará perdido, se não reagirmos, pois não há como viver num mundo, onde qualquer coisa se resolve à base da Violência.

Alan Behenck da Silva

EEEF Helena Schneider
Violência “um mundo à parte”?

A violência é um ato de selvageria. A palavra violência significa: agressão, desrespeito, transgressão da lei, estupro. A violência, hoje em dia, é muito comum ver as pessoas, trocando murros e atirando uma na outra. Há vários tipos de violência, entre eles, podemos destacar algumas.
A violência institucional ocorre, por exemplo, nas escolas públicas ou particulares. Existe uma constante agressão tanto por parte dos estudantes, como estudantes, tentando agredir professores e funcionários.
Há violência sexual, mais um ato de covardia. O homem aproveita de sua força, para abusar de mulheres indefesas. Muitas não conseguem se defender. Os casos mais absurdos são dos pais, que abusam de suas filhas inocentes, que nem se quer sabem o que é sexo.
Quanto aos idosos, a violência é mais um caso de que o homem perde feio para o animal, agressões contra os pais ou avós são comuns no mundo da violência.
O mundo está perdido? Até quando teremos que viver com isso? Será que continuaremos passivos e conformistas a tudo isso? Todas essas questões devem ser discutidas, com comprometimento e muita serenidade só assim chegaremos a um único mundo... O NOSSO.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Bruno dos Santos Borges

EEEF Professora Aurora Peixoto de Azevedo
Violência


Meu nome é Bruno, eu presenciei uma briga horrível, que aconteceu na frente da E. E. E. F. Professora Aurora Peixoto de Azevedo no dia 23 de julho de 2009.
No dia 22 de julho, duas garotas estavam discutindo, por causa de um jogo de futebol que tinha acontecido no dia anterior, uma se chama Leandra e a outra se chama Pâmela. As duas estavam na sétima série um, a Leandra estava na 71 e a Pâmela estava na 72. A Leandra é morena, baixinha e bonita; a Pâmela é baixinha, linda e legal. Elas começaram a se xingar de “PALAVRÕES”, era uma xingando a mãe da outra, e começaram a se tapear, e a se chutar, no final da aula, mas, no dia seguinte, pleno dia 23, elas chegaram diante da escola e começaram a se encarar e se xingar, na hora do recreio. Elas nem se olharam, mas na hora da saída, a Leandra esperou a Pâmela, exatamente, às 12h, e, quando a Pâmela saiu da escola, a Leandra a agarrou, chutou-a, jogou-a no chão e deu socos na cara dela. A Pâmela agarrou os cabelos da Leandra e a Leandra revidou. Aí, a Pâmela saiu correndo, para chamar a mãe dela, e a Leandra foi para a direção. A mãe da Pâmela estava grávida e entrou na escola e começou a xingar a Leandra, a mãe da Leandra foi correndo para a escola e, quando viu a mãe da Pâmela, xingando a Leandra, se intrometeu na conversa e começaram a discutir. A mãe da Pâmela saiu irritada uns minutos depois, a Leandra saiu da escola e a Pâmela continua na escola. E esta foi a briga, que eu presenciei de duas garotas.
E agora, para você, leitor, eu quero mostrar um cordel sobre a


VIOLÊNCIA



Meu nome é Bruno
eu quero te dizer:
com essa violência
todos vão sofrer.

Eu gosto de rimar
é o que vou fazer agora,
a violência acontece toda hora.

Eu nunca briguei
e nunca vou brigar,
é que eu sei
que isso pode me matar.

Violência é uma coisa
que acontece no momento,
por favor não seja violento.

É por todo o mundo
que acontece então,
pai mata filho
é uma tristeza para o irmão.

Pra terminar
quero te dizer então,
a violência aparece
toda hora na televisão.

Ingrid Weiss Klein

ETE José Feijó
A pior experiência da vida de Cláudia

Hoje em dia, estamos sofrendo uma séria de violências, de várias maneiras, e em vários lugares. Com mais freqüência, a das drogas, que acaba com a vida de muitas pessoas, não só de usuários, mas, também, de seus familiares; e, também, a violência no trânsito, que acaba com vidas, deixa sequelas, dor a quem perde uma pessoa querida. Adriana, uma menina simples, que morava no interior do Rio grande do Sul, era muito dedicada aos estudos e ao trabalho, que desenvolvia em ajudar as pessoas, que estavam a sua volta. Ser agente de saúde virou uma opção de vida, pois dedicava seu tempo a conversar com as pessoas. Com 13 anos, sua mãe, Eliana, a ensinou a dirigir moto, um transporte muito usado por moradores de lá, e, logo, também, seu pai, Vilmar, grande agricultor, que sempre sonhou em ter um filho homem, mas como não o tivera, ensinou tudo que já havia aprendido à Adriana: dirigir trator, seu grande instrumento de trabalho, e, também, lhe havia ensinado a dirigir sua caminhoneta, conquistada com tanto suor.
Adriana acordava cedo, para ajudar sua mãe a ordenhar as vacas, e, logo, ia à escola. Uma pessoa dedicada, que tudo o que fazia, procurava fazer bem feito, para que todos se orgulhassem dela. Sua mãe Eliana trabalhava no posto de saúde, só voltava a casa para o almoço; sua irmã Fernanda implicava muito com ela, pois Adriana era bem organizada, gostava de tudo limpo. Já Fernanda era bagunceira, não ajudava a fazer nada. Tinha, também, sua avó, Rosa, uma mulher idosa, com seus 87 anos. Uma senhora muito doente, que tinha seis filhas e três filhos, 36 netos e inúmeros bisnetos, sobrevivia aos cuidados de sua nora e neta, na casa de seu filho mais velho, Vilmar.
Nas férias de verão, de um ano, que há pouco havia começado, sua prima Cláudia, que morava em Porto Alegre, foi visitá-las, com promessas de grande divertimento e aventuras. Eram muito amigas, tinham idades muito próximas. Adriana, com seus 21 anos; Fernanda mais nova, com 15 anos de muita bagunça; e Cláudia, com a mesma idade de Fê, como era conhecida. Tomavam tererê, típico do Paraguai, país com o qual sua cidade fazia fronteira, mas davam uma acrescentadinha de Vodca, para alegrar um pouco, e funcionava, pois ficavam loucas, falavam muita besteira à beira do rio Ijuí, que banhava a região. Aos fins de semana, iam para o Centro, jogar vôlei com seus amigos, onde se divertiam bastante.
Cláudia havia tirado carteira de habilitação, assim poderiam ir a festas, sem que ninguém precisasse levá-las. Adriana era uma pessoa responsável, bebia pouco, para poder dirigir. Não dirigia rápido, para que nenhum acidente lhe ocorresse, pois dependia de sua moto, para trabalhar.
Seus pais depositavam muita confiança nela. Aquelas meninas eram profissionais em fazer bagunça, rir e beber, e nossa, como bebiam... mas as férias já estavam acabando. Cláudia precisava ir para a Capital, pois as aulas já estavam para começar. Aquele ano havia sido perfeito para as meninas, mas não imaginavam o que as esperava.
Uma semana depois da sua volta, Cláudia recebe uma ligação. Era seu tio Guido, que havia ligado, para lhe informar que a sua avó, Rosa, havia falecido. Ela não esperava receber uma notícia daquelas em uma terça-feira, que era seu dia preferido da semana... Cláudia, abalada, foi com seus pais, para a pequena cidade de Roque Gonzales, onde encontrou as suas primas, apavoradas, sem acreditar no que havia acontecido. Triste, as abraçou. Foi uma cena comovente, pois a tristeza que sentiam era tamanha, que não conseguiam nem se alimentar. Tudo voltou ao normal, por enquanto, pois a grande perda, ainda, não havia acontecido.
Foi no dia 30 de março, que Cláudia e toda a sua família descobriram o que é perder uma pessoa importante, inesquecível, insubstituível. Foi o dia em que aconteceu o inesperado. Toca o telefone na casa da Fernanda, então, ela atende, era do hospital, avisando que sua irmã querida, com quem brigava sempre, havia sofrido um acidente. Assustados, Fernanda e seus pais foram, então, ao hospital da pequena cidade. Lá, descobriram que Adriana não havia sobrevivido. Chorando muito, foram preparar o velório da pessoa, que mais amavam, a filha, a irmã, a amiga, a prima, tudo que eles mais amavam.
Seu pai Vilmar, inconsolável, queria entender o que havia acontecido. O policial, então, tentou explicar:
- Sua filha estava indo fazer a última visita da manhã, estava andando preocupada, amedrontada, pois o dono da casa, que ia visitar era o homem que havia lhe tratado mal, por não ter mais vagas com o dentista. Quando foi para o acostamento, para poder dobrar a esquerda, avistou uma carreta, indo para a fronteira, que diminuiu a velocidade, para que ela pudesse passar, calmamente, ia atravessando a estrada, com a sua moto, quando outra carreta que estava ultrapassando outra, cujo motorista tinha sido simpático, em alta velocidade, bateu na traseira de sua moto, da qual Adriana voou. Seu capacete, instrumento que deveria salvar a sua vida, a matou enforcada. O motorista, que havia batido estava dormindo, sob fortes remédios. Depois, quando percebeu a grande besteira, que havia feito, parou em um posto de gasolina, pediu, para lavar sua carreta, pois havia atropelado um cachorro, mas o sangue que havia nela era de Adriana. O carioca assassino foi preso, mas pagou fiança. Hoje está pondo em risco a vida de outros trabalhadores indefesos.
Hoje em dia, Vilmar, Fernanda e Eliana fazem tratamento psicológico, e Cláudia sofre em silêncio a sua dor, a qual jamais passará. Acontecimentos, assim, servem, para que nós tenhamos mais responsabilidade ao volante, e saibamos que nenhum acidente de trânsito, com vítimas, é como qualquer outro, sem valor nenhum, pois sempre há pessoas que acabam sofrendo com a perda da pessoa amada.

Thalysson Fernando Santos dos Santos

E.E.E.F.Prof°:Aurora Peixoto de Azevedo

VIOLÊNCIA
Meu nome é Thalysson, e, agora, eu vou ter que lhe falar sobre uma coisa que está acontecendo em todo o lugar, que eu garanto que você já viu, pelo menos, uma vez: a VIOLÊNCIA também conhecida como bullying (violência física, moral …).
Então, agora, eu vou lhe falar sobre um de vários assuntos de violência, que eu já vi, presenciei e também já sofri, a violência MORAL . Essa que eu vou te contar agora o que aconteceu lá em uma praça perto da minha casa. Numa bela tarde de domingo, estávamos todos jogando bola (futebol), tudo bem tranquilo em uma perfeita cancha, mas, quando meu primo Harrison caiu no chão,e pelo fato de ele ser um pouco acima do peso, todos ficaram folgando nele, dizendo que tinha que chamar o guincho, para levantá-lo, que ele parecia o Faustão, jogando futebol, que o hipopótamo tinha que estar em seu habitat natural, não em uma cancha de futebol,e como o Harrison não gostou da folgação, ele ficou muito BRAVO e partiu para a VIOLÊNCIA FÍSICA e, por causa dessa violência, aconteceu uma coisa de que ninguém gosta: BRIGAS, folgações, vários apelidos um colocou no outro e, por causa desta briga, lá se foi um belo domingo, e eu garanto que eu não fui o único. Você sabe que você, também, já cometeu algum tipo de violência, mesmo que não se lembre qual tipo, seja violência física, moral etc.
Agora, eu vou te falar sobre um caso de VIOLÊNCIA, que aconteceu comigo: foi o de vários tipos de apelidos, que colocaram em mim. Quando eu quebrei o braço, colocaram um APELIDO em mim que eu odiei, “Cavalo Manco”, e por causa desse apelido, eu parti para a violência física mesmo estando só com um braço bom, e depois do meu braço já estar melhor, eu esperei mais um tempo e comecei a jogar vôlei, daí começou mais um monte de FOLGAÇÕES. Diziam que vôlei era coisa de menina, por isso eu não devia jogar, mais daí teve um dia em que eu me irritei e parti para cima de um colega meu que sempre ficava folgando em mim e, depois daquela briga, ele não folgou mais em mim, mas eu vi que, por causa da minha VIOLÊNCIA FÍSICA e por causa da VIOLÊNCIA MORAL dele de ficar FOLGANDO comigo, eu vi que EU PERDI UM AMIGO, porque ele nunca mais falou comigo.
Depois, quando eu coloquei o aparelho dentário, começou mais um monte de folgações tipo “Boca de Lata”. Diziam que, quando eu fosse entrar no banco, não ia conseguir, por causa do aparelho, que a porta ia travar porque eu estava com um ferro na boca, mas depois que eu perdi um amigo foi que EU APRENDI uma grande lição: a violência nunca resolve nada e só traz problemas para você e para a outra pessoa, que, também, praticou a violência.
E, agora, eu vou escrever um pequeno poema que eu mesmo fiz:
DIGA NÃO À VIOLÊNCIA
A violência é ilegal,
porque a violência é uma coisa banal,
eu não gosto dela, porque em todos os sentidos ela nos deixa mal,
sem violência eu sou amado,
e sem violência eu não fico com fama de mal educado,
com a violência eu fico sem paciência,
então, não seja violento,
e fique meu amigo por longos tempos.
A violência a gente pratica,
por causa da violência a gente deixa de falar com nossos amigos e amigas.

Jalili Petzold Mendes

EEEF Vinte de Setembro
Jalili Petzold Mendes

Havia, na rua da minha casa, uma menina,uma amiga,chamada Carol. Ela tinha a minha idade, 14 anos, ela era normal, tinha família, saía com os amigos, mas, depois que ela se apaixonou por um rapaz de mais ou menos 20 ou 22, ela começou a mudar: ela sorria, mas sabia que, por trás daquele sorriso,tinha uma lágrima pronta, para descer de seus olhos.
Certa vez, em um ano de Copa do Mundo, dia de jogo do Brasil, todos do bairro resolveram se reunir, para assistir ao jogo. Eu e a minha família fomos a essa reunião. Chegamos lá, mas eu percebi que tinha me esquecido de algo. Ah! Tinha me esquecido da minha vuvuzela em casa, voltei para pegá-la. Quando voltei, ouvi um grito, era a voz da Carol, resolvi ir a sua casa, que era em frente a minha, mas quando olhei pela janela, vi só a cabeça de alguém, de um homem, era aquele rapaz, que ela conheceu e por quem loucamente se apaixonou. Mas ele estava lá, só não entendi por que, a Carol sempre teve respeito pela sua família, e por ela mesma, ainda era muito cedo para eles terem algo mais que beijo na relação! Também não entendi por que ela havia gritado. Eu era muito baixinha, não conseguia ver outra coisa a não ser a cabeça de alguém alto, como o namorado da Carol. Peguei, então, um tijolinho, que alguns amigos nossos usavam, para fazer goleiras no meio da rua, para jogar futebol. Consegui ver um pouquinho mais em baixo, mas não via a Carol. Resolvi subir no vaso de planta da tia Maísa, mãe da Carol(naquela época, eu chamava as amigas da minha mãe de tia, e minha mãe e tia Maísa eram muito amigas), estava sem planta, e ainda bem que não era tão pesado. Consegui ver! A Carol tentava sair dos braços do namorado, que era forte, mas ele a segurava e não a deixava fugir. Percebi o que acontecia naquela hora. Ele queria tirar a blusa da Carol. Foi nessa parte que eu entrei na casa, graças a Deus a porta estava aberta. Peguei um dos outro vasos de planta da tia Maísa, um dos mais leves, claro, mas, também, um que doía se quebrasse nas costas de alguém, como eu quebrei nas costas daquele safado. Enfim, a Carol conseguiu sair dos braços do namorado e eu corri atrás, corremos muito, entramos em um beco, e,quando percebi que estávamos a salvo, dei um abraço nela, ela soluçava de tanto chorar! Fiquei um bom tempo, consolando-a com um abraço. Nós ficamos naquele beco até acabar o jogo.
No dia seguinte, eu resolvi fazer uma visita em sua casa, ela olhou para mim e ficou bastante tempo calada, até que sua mãe, a tia Maísa, que não entendia o que estava acontecendo, disse para ela subir comigo para o seu quarto. Subimos. Quando chegamos lá, nos sentamos em sua cama, como de costume, e ela começou a chorar, logo depois, parou e pediu a mim que eu não contasse a ninguém o que eu vi no dia anterior. A parir desse momento, eu considerei aquilo como se fosse um sonho, e ela, também.
Até hoje, com 35 anos, somos amigas, mas só ontem ela me contou que, naquela tarde, ele tentara ter relações sexuais com ela,ele tentara fazê-lo outras vezes, mas sempre algo atrapalhava.
Hoje, a Carol é casada e tem dois filhos, um menino e uma menina. Mas, ainda, tem um trauma, nunca deixa os seus filhos sozinhos, principalmente, a menina, que já está na fase da adolescência. Sua filha é rebelde, pois se sente presa.

Fernando Narcizo Leal

ETE José Feijó
A Minha Experiência de Violência na Cidade

Violência,eu já sofri, na verdade, são poucos os que já não sofreram. Foi há pouco tempo, no ano de 2009, numa tarde de terça-feira, do mês de julho, em um dia em que eu estava indo para o curso de informática que estava fazendo. Nesse dia, eu estava com muita preguiça de pegar o caminho mais seguro, que, também, era mais longo, então, de preguiçoso, fui pelo caminho mais curto. Esse trajeto passava pela frente da escola de ensino fundamental, que eu estudava, era chamada de Lauffer,eu andava bem tranquilo pela deserta rua, cujo nome eu não sei, sendo que passava por ela desde de criança, só tava preocupado se ia chover ou não, até que, bem na frente do Lauffer, eu passei por três adolescentes mal encarados. Logo um deles levantou e eu comecei a desconfiar do porquê que vinha em minha direção,então ele me surpreendeu com um revólver, que achei que era de brinquedo, mas não queria provocar um teste, então, não fiz nada sobre isso. O cara, que apontou a arma, me forçou a sentar no meio deles na calçada, porém tive muita sorte de que tinha ido ao banheiro antes de sair de casa, porque não vou negar que estava com medo e que de susto não ia segurar minha bexiga. Também, fui sortudo por eles serem calmos, porque se eu os irritasse de alguma maneira, não teria a menor chance de sair ileso, já que sou muito extremamente, fraco e magro.
Sentado, com eles, na calçada, eles começaram a me revistar, para achar alguma coisa de valor, e enquanto procuravam, eu olhei um pouco pra eles: deviam ter em torno de 14 anos,que era minha idade na época, todos eram maiores do que eu nos sentidos de altura, peso e força, eram dois brancos e um negro. O que me abordou era loiro, tinha cara de burro e usava um casaco vermelho. O que estava sentado na minha esquerda usava verde e um tipo de manta, não consigo ver nada dele além dos olhos escuros. O da direita era o negro, estava de azul, usava o cabelo estilo microfone e não parava de se repetir. Também, percebi que todos estavam tremendo, imaginei que estavam sobre o efeito de drogas. Depois que eu fiz essa análise, eles começaram a me perguntar onde estava minha carteira e meu celular ou coisa do gênero. Não sei se por intervenção divina ou memória ruim mesmo, eu esqueci tudo de valor em casa, só estava com uma pasta azul ridícula, com livros do Microsoft Word e PowerPoint. Eu imaginei que eles iriam me espancar, por não ter nada pra eles, mas foram bem simpáticos e me mandaram voltar pelo caminho que vim. Eu, lentamente, levantei e fui voltando pela rua, que vim,passo a passo, pensando que não seria legal eles me executarem pelas costas. Depois que eu saí da frente do Lauffer e cheguei à esquina,olhei pra trás e não vi mais ninguém,provavelmente, eles foram correndo para o lado oposto. Fiquei um tempo parado me recuperando da experiência,então, pensei melhor e vi que foi só uma tentativa de assalto, já que não me levaram nada e que era melhor eu fazer a volta e ir ao curso, e foi o que eu fiz. Não deixei que isso me abalasse,cheguei ao lugar do curso e ri muito disso com meu colega de curso,porém fiquei mais ou menos um ano, sem passar naquela rua sozinho.
Essa estranha experiência fez eu pensar no que levou um grupo de adolescentes a praticar roubo, com armas de fogo,se, realmente, estavam sob efeito de drogas,provavelmente, queriam o dinheiro, para comprar mais,entretanto eu posso estar errado e eles nem estavam chapados,daí eu não tenho certeza de por que estariam roubando,talvez desespero ou necessidade. Porém há alguns fatos que me indignam nessa história, como eu ter sido abordado na frente de uma escola e ninguém ter visto e, por aquela rua, não ter nenhum tipo de segurança, que foi prometida pelo governo durante a construção dela. É nesses momentos que vemos o que faz a falta de uma boa estrutura educacional, de saúde,de cultura e outros nas grandes cidades para comunidades mais carentes,mas o que mais revolta é o fato de ter um bando de gente que trabalha no governo e um bando de secretarias e nenhum desses fazem uma coisa, para tentar melhorar a cidade. Não vou generalizar, mas são poucos os que ajudam quem necessita, e todos nós temos que concordar. Esses momentos, também, me fizeram pensar em quantas vidas já acabaram, por causa de roubos e assaltos, em quantas famílias já foram destruídas, por causa de roubos e assaltos,em quanto sangue já foi derramado por um pouco de dinheiro, para comprarem drogas e, também, em quanta sorte eu tive de ter sido assaltado por um grupo que não era tão violento a ponto de me matar por não ter nada pra eles.O único problema é que nem todos têm sorte e nem eu vou ter sorte todas as vezes que coisas como essa acontecerem de novo.

Bianca Telöken Ferreira

EEEF Itamarati
Violência

Um tema difícil, mas que pode ser contado de muitos modos. Violência já vivida, presenciada, escutada... Um fato, uma realidade dura do mundo de hoje, que entristece e preocupa cada vez mais a nós, mas algo que deve ser enfatizado na cabeça de cada um...
Todos já vivemos ou passamos por uma situação dessas, vejo cada dia isso acontecendo mais e mais, mas a que mais me entristece é a violência entre pessoas, não só em socos, tapas, mas, também, em palavras, ofensas.
Eu já passei muito por essa situação... Quando mais nova, com uns 6 anos, morava no prédio em que eu resido até hoje. Eu era a mais excluída do grupo por vários motivos, todo mundo andava junto, ficavam até tarde na rua, e eu não, nunca pude. Meus amigos tinham os melhores brinquedos, os do ano, eu não. Além disso, quando tinha essa idade, minha mãe me vestia do jeito que ela gostava e achava melhor, riam das minhas roupas, por eu usar calça acima do umbigo. Pra piorar a situação, conseguiam acabar, praticamente, destruindo com o meu EU pessoal, zombando de mim por eu ser gordinha. Era triste, relativamente, triste. Sentia-me violentada, ou nem sei o que pensava de mim mesma. Eu comecei a me odiar, passei a ir mal na escola, brigar com meus colegas, praticamente, não tinha mais amigos,e, ainda, para piorar a minha situação pessoal em casa, minha mãe e meu pai trabalhavam e minha empregada me violentava, batendo em mim, e me ameaçava: caso meus pais ficassem sabendo, eu apanharia muito mais. Era difícil mesmo a minha vida. O tempo ía passando, e o único motivo pelo qual eu era respeitada pelos meus amigos era por eu ter pais brabos e responsáveis, diferente de muitos deles, que podiam fazer o que queriam, mas tinham carência de família.
Sempre pensava em que um dia poderia superar essa situação e me tornar uma pessoa com muitos amigos, legal, da moda.
O tempo foi passando, até que meus pais foram percebendo o jeito que eu estava ficando, cada vez mais apavorada, não queria mais a companhia deles, quando a minha mãe vinha falar comigo, eu nem queria conversar, só queria comer e dormir, não queria mais ir pra escola, pois a professora só reclamava de mim.
Enfim, chega o dia em que eles vêm falar comigo e colocam uma prensa em mim e, na situação em geral, acabo confessando a história, e meus pais, arrasados com o que estava acontecendo, tiveram que tomar providência... Meu pai teve uma conversa muito séria com a minha empregada, e só não denunciara ela por ela ser conhecida da família há muitos anos, e ele tinha muito respeito pelo seu marido. Minha mãe se demitira do serviço, também, um dia depois. A partir daí, minha vida muda definitivamente.
Na minha primeira, segunda e terceira séries, ainda, brincavam um pouco comigo, mas, moderadamente, e eu já aceitava a situação com muito mais tranquilidade. Já quando entrei para série seguinte, comecei a ter muitos amigos e melhorar rendimentos. Hoje, na oitava, sou muito feliz, tenho muitos amigos, e vejo que os que zombavam de mim, hoje, são pessoas que vão mal na escola ou pessoas com desestrutura familiar, pessoas, que ofendem os outros, mas não as afetam, que acabam maltratando a si mesmas Tenho uma família, abençoada por Deus, e agradeço cada dia por isso. Mas será que todas as situações têm o mesmo fim? Fico me perguntando isso...
A violência, hoje, é algo que predomina muito fortemente, temos que ter muito discernimento do que é certo e/ou errado. Se o mundo continuar do jeito que está, todos estamos perdidos, pois a situação vai de mal a pior. Acabamos praticando violência em atos, que nem percebemos, ofendemos pessoas, facilmente, deixamos o desrespeito e a falta ética agirem, sem pensar nas nossas vidas.
Que todos possamos ver que sempre há uma solução, e sempre usarmos do que há de melhor em nós, não nos aquietarmos por atos de violência. É preciso deixar a paz e o amor agirem em primeiro lugar, não façamos para os outros o que não queremos para nós, pois, acima de tudo, a paz é a gente quem faz.

Mélani Nunes Ruppenthal



EEEF Professora Luiza Teixeira Lauffer
Menina-mulher


Ela adormecia com facilidade, sua mãe lhe cantara canções de ninar, e lhe beijara na testa. Ouvia contos de fadas e se imaginara neles, mais que tudo queria ser parte dessa história, que era tão magnânima comparada a sua realidade.
Seu pai, Marcel, lhe presenteava com quinquilharias inúteis, laços de fitas, sapatos de cristais. Desfrutava de seus vestidos de cetim, que agora, lhe parecem fúteis. Seus olhos azuis-topázio eram grandes e pequenos num intervalo de um riso, e seus cabelos-mel cintilavam à luz do sol.
Seu pai, certa manhã, chegara em casa, exausto de mais uma noite saída sem explicação. Marie sentara no sofá, impaciente, esperando por sua volta. Em sua mão, segurava uma garrafa de vodca, e se perguntava se pegara o hábito de seu marido.
Cambaleando, atravessou a porta. Roupas rasgadas, cheiro de tequila.
Onde você esteve esta noite?-Marie lhe disse- Não sabia que reuniões de escritório durassem tanto quanto você as prolonga com suas saídas noturnas.
Ana sentara na escada, ao lado de sua sala, escutava a conversa. Abraçada em seus joelhos, não seria apropriado tripudiar com suas bonecas, sonolenta, às 4h39 da manhã.
O que está insinuando? Marcel sorriu em um ato involuntário de bêbado. É você que segura a garrafa de bebida, não eu.
Não me venha com seu sarcasmo. Sua voz subiu três oitavas. Está bêbado, e isso é evidente, como irrelevante.
Não diga agora você está me limitando. Seu braço tocou o peito em tom de deboche-Agora quer que eu seja um pacato como você, e imite sua falta de decoro como mãe e esposa.
Não diga que sou negligente em meus deveres, a qual deles se refere? A esta altura já estava de pé, gesticulando com as mãos no ar, num gesto de reprovação de mãe?
Não exatamente.
O que quer dizer?
Se você não fosse como uma inválida, talvez eu... Marcel moveu seus lábios, mas nenhum som foi pronunciado. Isso não lhe dá o direito de se exaltar, sou homem, superior.... Diante de tais palavras que disse, acho melhor, agora, você saber qual seu lugar, não vai se redimir com seu comportamento.
Meu lugar não é você que define, seu libertino imundo. Suas palavras lhe saíam aos berros. Gosta de ninfetas, senhor Ribeiro?
Marcel, impulsivo, deu-lhe um tapa no rosto, que lhe foram consecutivos. Suas mãos pesadas não lhe faziam jus a sua altura. Marie se contorceu de agonia, tamanha dor que sentia em seu rosto, como agora, em sua barriga.
Ana tampava o rosto com as palmas das mãos, dolorida, assim como sua mãe omissa no chão.
Pare,pare,pare. Implorava por socorro a mulher leviana.
Marcel parecia não a ouvir, mas nem a reconheceria. Sua face machucada, seus gritos desesperados.
Ana correu até lá. Pobre criança ingênua,adormece,sonha com seu pequeno-grande mundo surreal, desperta, e é desprovida de sua ignorância.
Pegou seu vaso de porcelana, onde guardava rosas diversas e belas. Acertou sua nuca com a força de uma menina de cinco anos, que já lhe foi suficiente.
Marie?-uma voz ao fundo gritava-É você que grita?
Carlos, nosso vizinho... No quintal, Marie murmurou.
Fiz mal mamãe? Ana tremia de pavor.
Não, meu bem, não. Marie abraçou Ana, aninhando-a em seus braços sujos e calorosos.
Chamamos a polícia, gritou Carlos no jardim. Abra a porta, Marie.
Ana olhava o corpo inconsciente de seu pai diante de si. Preso e taciturno era seu destino.
Lágrimas lhe escorriam das circunstâncias de uma violência nunca entendida, nunca superada.
Marie, e até mesmo Ana, como prever seu futuro diante de tal desgraça? Uma incógnita, esse será seu maior dilema. Mas mães e filhas com rostos em seus ombros, braços envolvidos, gargantas sufocadas, ainda lamentariam esse acontecimento: uma noite em que uma garotinha salvara a vida de tal transtorno, com tanta bravura, que se consagrou uma menina-mulher.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Amanda Schneider Paim

EEEF Itamarati
Violência na sociedade

Existem muitos tipos de violência , mas é difícil alguém vivenciar todos. Se começarmos a estudar cada caso desse mal com que a sociedade está aprendendo a conviver, levaríamos anos e anos para averiguar de maneira correta, contudo estaríamos ajudando de alguma forma as pessoas que passaram, passam, passarão por ela. Eu opino tudo isso, porque já a presenciei , de um jeito muito marcante,que ficará presente por toda a minha vivência.
Tudo começou quando eu era muito nova, na primeira escola em que estudei. Eu sofri com a violência que hoje é chamada de bullyng, que é o desrespeito existente entre os jovens do colegial. Era no tempo em que eu não tinha noção do que é um beijo,por exemplo, não via malícia em nada,por outro lado,as crianças que estavam ao meu redor eram muito mais adiantadas, em todas as maneiras.
Bom, logo que entrei no colégio, já tinha percebido um mundo completamente diferente do que eu estava acostumada a viver. E não demorou muito para começar a falta de respeito contra a minha pessoa. Nunca me esqueço do meu primeiro zoamento escolar, que foi a origem desse trauma. Uma menina chamada Luísa começou a dar apelidos para mim,como gorda, testuda e vários outros, porém esses foram os que me marcaram mais. Não demorou muito para o resto do colégio saber desses zoamentos, e aí começou o meu pesadelo.
Foram tardes e mais tardes em que eu chegava em casa com o rosto vermelho, de tanto chorar na própria sala de aula, só que ao invés de eu falar para os meus pais, eu preferia guardar para mim, o que no caso só piorou a minha situação.
Até que um dia eu não aguentei sofrer daquela maneira, e resolvi comunicar aos meus pais o que estava ocorrendo comigo. Pronto, foi aíque a minha mãe e meu pai tiveram a ideia de ir até a escola,para tentar conter essa violência que estava me machucando extremamente. Porém não adiantou muita coisa.....pois além de me chamarem daqueles apelidos horrorosos, criaram mais e mais, devido à ida dos meus pais. Passaram a me chamar de nenezinha do papai, chorona, e ai vai....
Como o tempo passa para todo mundo,comigo não foi diferente. Cresci e aprendi a não me importar com que os outros falam, e sim a saber me dar o valor que eu mereço. Sendo do jeito que eu sou, e hoje sou uma pessoa muito superior em relação àquelas que me zombaram no meu passado, além de hoje estar prestes a entrar num dos mais conceituados colégios nacionais,no caso o Colégio Militar.
E percebi que aqueles apelidos não me afetaram em nada ,em relação aos estudos. Hoje,graças a Deus consegui me aceitar a ser quem eu sou, para ser feliz. E não se esqueçam, vocês que são adolescentes, procurem respeitar ao próximo, e não fazer para os outros o que você não desejam para si.