quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Bianca Telöken Ferreira

EEEF Itamarati
Violência

Um tema difícil, mas que pode ser contado de muitos modos. Violência já vivida, presenciada, escutada... Um fato, uma realidade dura do mundo de hoje, que entristece e preocupa cada vez mais a nós, mas algo que deve ser enfatizado na cabeça de cada um...
Todos já vivemos ou passamos por uma situação dessas, vejo cada dia isso acontecendo mais e mais, mas a que mais me entristece é a violência entre pessoas, não só em socos, tapas, mas, também, em palavras, ofensas.
Eu já passei muito por essa situação... Quando mais nova, com uns 6 anos, morava no prédio em que eu resido até hoje. Eu era a mais excluída do grupo por vários motivos, todo mundo andava junto, ficavam até tarde na rua, e eu não, nunca pude. Meus amigos tinham os melhores brinquedos, os do ano, eu não. Além disso, quando tinha essa idade, minha mãe me vestia do jeito que ela gostava e achava melhor, riam das minhas roupas, por eu usar calça acima do umbigo. Pra piorar a situação, conseguiam acabar, praticamente, destruindo com o meu EU pessoal, zombando de mim por eu ser gordinha. Era triste, relativamente, triste. Sentia-me violentada, ou nem sei o que pensava de mim mesma. Eu comecei a me odiar, passei a ir mal na escola, brigar com meus colegas, praticamente, não tinha mais amigos,e, ainda, para piorar a minha situação pessoal em casa, minha mãe e meu pai trabalhavam e minha empregada me violentava, batendo em mim, e me ameaçava: caso meus pais ficassem sabendo, eu apanharia muito mais. Era difícil mesmo a minha vida. O tempo ía passando, e o único motivo pelo qual eu era respeitada pelos meus amigos era por eu ter pais brabos e responsáveis, diferente de muitos deles, que podiam fazer o que queriam, mas tinham carência de família.
Sempre pensava em que um dia poderia superar essa situação e me tornar uma pessoa com muitos amigos, legal, da moda.
O tempo foi passando, até que meus pais foram percebendo o jeito que eu estava ficando, cada vez mais apavorada, não queria mais a companhia deles, quando a minha mãe vinha falar comigo, eu nem queria conversar, só queria comer e dormir, não queria mais ir pra escola, pois a professora só reclamava de mim.
Enfim, chega o dia em que eles vêm falar comigo e colocam uma prensa em mim e, na situação em geral, acabo confessando a história, e meus pais, arrasados com o que estava acontecendo, tiveram que tomar providência... Meu pai teve uma conversa muito séria com a minha empregada, e só não denunciara ela por ela ser conhecida da família há muitos anos, e ele tinha muito respeito pelo seu marido. Minha mãe se demitira do serviço, também, um dia depois. A partir daí, minha vida muda definitivamente.
Na minha primeira, segunda e terceira séries, ainda, brincavam um pouco comigo, mas, moderadamente, e eu já aceitava a situação com muito mais tranquilidade. Já quando entrei para série seguinte, comecei a ter muitos amigos e melhorar rendimentos. Hoje, na oitava, sou muito feliz, tenho muitos amigos, e vejo que os que zombavam de mim, hoje, são pessoas que vão mal na escola ou pessoas com desestrutura familiar, pessoas, que ofendem os outros, mas não as afetam, que acabam maltratando a si mesmas Tenho uma família, abençoada por Deus, e agradeço cada dia por isso. Mas será que todas as situações têm o mesmo fim? Fico me perguntando isso...
A violência, hoje, é algo que predomina muito fortemente, temos que ter muito discernimento do que é certo e/ou errado. Se o mundo continuar do jeito que está, todos estamos perdidos, pois a situação vai de mal a pior. Acabamos praticando violência em atos, que nem percebemos, ofendemos pessoas, facilmente, deixamos o desrespeito e a falta ética agirem, sem pensar nas nossas vidas.
Que todos possamos ver que sempre há uma solução, e sempre usarmos do que há de melhor em nós, não nos aquietarmos por atos de violência. É preciso deixar a paz e o amor agirem em primeiro lugar, não façamos para os outros o que não queremos para nós, pois, acima de tudo, a paz é a gente quem faz.

1 comentários:

Unknown disse...

eaw prima blz?
redação muito boa
parabens
abraso

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